é mais uma noite a dormir no sofá... não, não estou de castigo... simplesmente nas poucas noites que não tenho dormido com o meu amour, não consigo adormecer... A cama é muito grande, o quarto é muito silencioso... Acabo por ir para a sala e adormecer no sofá... Ai... no que eu me fui meter...
Um casal de Brugge, aqui na Bélgica, casou e 24horas depois pediu a anulação do casamento...
Ora bem... já não é a primeira vez que oiço histórias destas... ou de casamentos que acabam logo ao fim de três meses...
Por isso meus queridos, se quiserem juntar os trapinhos, os tupperwares e os copos, FORçA! Mas deixem lá o papel e a boda de lado... Guardem o dinheiro e comprem roupa, muita roupa, ou um carro novo, ou um gato persa (que me podem oferecer...), mas não se precipitem... E mesmo quem namora há anos...epa... calminha sim?
Tenho a nítida sensação que o casamento hoje em dia não passa de um negócio, de uma vontade de mostrar, de ter, ou de ser o que não se é... Eu sei que as coisas podem correr mal, e que nem todos os casamentos são para sempre (o que acho bem, senão os advogados ganhavam menos) mas parece-me tudo cada vez mais banal, o que me leva a perguntar: Afinal para que é que ainda se casam?
A meu ver, a Bélgica deve ser o pais da Europa em que a percentagem de crimes macabros é mais elevada… Desde filhos que comem as maes, pais que degolam os filhos, namorados que matam as suas mais-que-tudo, outros que as decapitam, doidos que executam massacres em infantarios… Um horror… horrores que me deixam com um nó na barriga, que me enojam, que me fazem perguntar: “Mas que raio de mundo é este??”. A resposta nunca chega e, ainda pior, a matança repete-se… e os homens matam-se uns aos outros… nao por sobrevivencia, mas por maldade, porque é assim, porque hoje em dia os problemas resolvem-se de revolver em punho ou faca no bucho… é assim… é facil, raramente punivel com toda a justiça, e as situaçoes sucedem-se… uma tristeza, uma cobardia…
Make love not war… e olhem que aposto que é muito mais agradavel…
Laugh and cry
Live and die
Life is a dream we are dreaming
Day by day
I find my way
Look for the soul and the meaning
Then you look at me
And I always see
What I have been searching for
I'm lost as can be Then you look at me
And I am not lost anymore
People run Sun to sun
Caught in their lives ever flowing
Once begun
Life goes till it's gone
We have to go where it's going
Chorus
And you say you see
When you look at me
The reason you love life so
Though lost I have been I find love again
And life just keeps on running
And life just keeps on running
You look at me and life comes
From...you
Soube sorrir-me e amar-me.
Mas nao posso…
Ao ler um artigo na pagina do sapinho que falava da primeira desilusao "amorosa" na adolescencia... Inevitavelmente recordei-me do Luis.
Nao o amei, nada disso. Ou talvez até sim, mas a maneira adolescente. Aquele amor platonico que nao tem mesmo nada em comum com o amor que vivo agora, e que ja vivi antes.
O Luis mudou-se para a escola que eu andava no ano de 1998. Tinha eu os meus 13 aninhos ja feitos. Diga-se de passagem que ele fazia qualquer miuda suspirar. Nao era muito alto, mas era lindo, com o seu cabelo preto e olhos verde-escuros (eu acho que devia ter uma certa tendencia para este tipo.). Como ja disse, estavamos todas apaixonadas por ele. Este ja tinha quase os seus dezoito anos. Por sorte ou azar ele deu-me muita atençao. E eu apaixonei-me. Ou nao. So sei que na altura so pensava nele a toda a hora. Nunca chegamos a namorar, mas lembro-me como se fosse hoje o beijo que ele me deu no campo de jogos, depois de eu ter estado a jogar volei num torneio escolar. Passou-me a mao no cabelo e disse: "Quando cresceres vais ser uma mulher muito bonita...é uma pena seres tao novinha...". Naquela altura nao percebi muito bem o porque de ele até gostar de mim e nao namorar comigo, mas agora percebo tudo... seria um crime ele namorar com uma criança de 13 anos, ainda que ja constituida fisicamente. Uns meses largos mais tarde o Luis começou a namorar com uma miuda com quem eu me dava bem. E a mim davam-me ataques de choro quando os via juntos. Nao a frente dele, nada disso! Sempre fui rija e nao chorava a frente dele, mas passava horas a chorar... Mas no dia em que soube que eles namoravam, deu-me uma daquelas crises absurdas de choro em plena aula, e como a professora me adorava mandou-me ir beber um cha ao refeitorio. Quando la cheguei, estava uma rapariga que eu sabia ser doidinha por ele. Ela tinha a idade dele. Era feia. Alias, muito muito feia. E nesses periodos da nossa vida, achamos que a beleza exterior é também um factor importantissimo. Bem... a rapariga chorava muito, e eu, no meio da minha crise existencial amorosa senti pena dela. Burra! é que meses mais tarde, ja ele namorava com ela. E ninguém, mas ninguém conseguia perceber o porque de ele ter escolhido uma miuda tao feia...
Entretanto ele abandonou a escola...E so o vi uns dois anos depois, ja eu namorava. O meu coraçao caiu ao chao, e achei naquele momento que ele era mesmo o amor da minha vida... Wrong! So wrong! Tudo platonico. Mais tarde, uns mesitos depois, vi-os juntos e ela estava gravida... Foi a penultima vez que o vi...
Ha cerca de seis anos atras vi-o. Nao havia rasto, vestigio, daquele rapaz lindo que eu conheci, para além de mandar semelhante barriga capaz de concorrer com o Pai Natal... Contaram-me que ja tinha 2 filhos e trabalhava a entregar botijas de gaz.
Mas cada vez que me lembro disto so me faz sorrir. Transporta-me a momentos da minha vida que nao mudaria nunca... Talvez seja so e tao so por isto que dizem que o primeiro "amor" nao se esquece? Quando somos miudos damos tanta importancia a tudo isto, e é isso que torna todas estas recordaçoes tao saudaveis...
"Tão bom morrer de amor e continuar vivendo."
Mario Quintana
Depois de uma troca de mensagens ontem, fiquei a pensar naquilo que me tornei. Perguntei-me se gosto desta pessoa racional que me tornei, se nao tenho saudades de ser passional, tola da carola e fazer asneiras em nome do amor e mai' nao sei o que...
Ja me tinha questionado depois de ter tentado abrir os olhos a uma amiga. Tentei faze-la ver que nao, nao se deve fazer tudo por um homem, principalmente no inicio de uma relaçao, quando a partida as coisas nao parecem seguras o suficiente para que se estrague a nossa vida...
Disse-lhe que eu por exemplo nao o faria por homem nenhum neste mundo... e disse bem... Depois dei comigo a pensar que talvez seja um absurdo esta barreira que criei, que nao deixa o exagero passional aproximar-se de mim. Uns minutos depois percebi que absurdo é deixarmos a nossa vida ser dominada por um homem (em muitos casos que mal se conhece) e que por isso é que hoje em dia as relaçoes sao algo tao superfulo...ha a necessidade de nao estar sozinha, de estar com alguém. Ha a vontade de partilhar um leito e por isso faz-se com o primeiro, segundo, terceiro que aparece... e sinceramente, acho que isso nao é viver passionalmente, mas sim estupidamente...
Ha uma dependencia horrivelmente exagerada e um desespero que experimentei apenas uma vez na vida quando acreditei nao viver sem um homem. Nao era so amor, era obcessao, dependencia, um sentimento que me tirava a respiraçao, mas mesmo como um sufoco, um sentimento doentio, que nunca mais quero sentir, porque no final percebe-se que o amor ja foi ha muito.
Hoje em dia nao sou assim... e sinto-me feliz, e por vezes penso sim em planos a dois para o futuro... mas nao me atrevo sequer a sussurra-los, nao va o diabo tece-las...
Aprendi a liçao a primeira... e entristece-me saber que ha quem nao a aprenda a primeira, segunda, terceira... entristece-me saber que as pessoas deixam a sua vida ser humilhada vezes sem conta por um "amor" que talvez acabe numa semana, num mes, num ano... E nao, nao me acredito que seja bom enquanto durou... Nao me acredito que seja bom acordar com duvidas, nao me acredito que seja bom dar uma queca e depois ficar a pensar que se deu uma queca é porque quer casar e ter filhos comigo... nao me acredito que isso seja ser feliz...
Bom é acordar de manha com uma mensagem dele a desejar bom dia, quando nao se pode acordar lado a lado...
Bom é amar mas saber que um dia pode acabar e que a vida tera que continuar caso tal aconteça...
Bom é saber que nao se quer que acabe...
Bom é sonhar em segredo e por vezes, muito raramente sussurrar, e sentir que o outro lado sonha em silencio conosco...
Bom é olhar a minha volta e perceber que nao tenho medo de ficar sozinha, e triste é perceber que muita gente tem esse medo...
Afinal gosto da pessoa que me tornei, porque apesar de viver mais racional, vivo com mais verdade, sinto com mais veracidade...
Em dois meses pode acontecer muito e acontecer pouco... mas agora sei que em dois meses é possivel querer muito alguém... em dois meses é possivel sentir saudade se passa um dia e nao te vejo... em dois meses é possivel sentir que os medos e incertezas do inicio se vao desvanecendo para dar lugar a um sentimento lindo e reconfortante... em dois meses da para perceber que os opostos realmente se atraem... em dois meses da para me sentir mais acarinhada do que em dois anos...
Seis meses desde que nos conhecemos... e hoje, dois meses que começamos nesta viagem... és um amigo, um namorado, uma presença... dure o tempo que durar... que dure sempre desta forma... com amor, carinho e amizade...
Caminhar lado a lado, mesmo que por vezes so em pensamento, porque a distancia nem sempre o permite... Dois coraçoes a bater no mesmo sentido, quatro pernas a seguir o mesmo percurso... dois sorrisos felizes e quentes...