Ja voltamos da Escocia, e comigo veio também a vontade de la voltar...
Nao existem palavras suficientes para vos descrever Edinburgh, ou o que senti nesta viagem...
Edinburgh é uma cidade que respira cultura e historia, desde as pedras da calçada as flores do jardim. é sim uma cidade cinzenta devido ao clima chuvoso, mas nunca a chuva me pareceu tao perfeita, nem o cinza tao azul.
Esta viagem, ha tanto tempo programada, nao me desiludiu em nada. Desde o hotel, as pessoas, nada me desiludiu.
Diferenças extremamente importantes:
- Em Edinburgh as lojas sao qualquer coisa... ele é Prada, ele é Louis Vitton, ele é Dolce & Gabbana. Tivesse eu espaço na maleta e arrecadava pelo menos um par de sapatos que me ficou no goto... (mesmo que depois ficassem encostados no armario...)
- Elas, consequentemente, vestem bem (quase todas) a fugir para o classico, com os seus trench coats, sao de meter inveja.
- La, elas andam de mini-saia e pronto. Esqueçam calças de ganga. Alias, esqueçam calças. Com umas temperaturas muito baixinhas, era ve-las de mini-saia de um lado po outro... Incompreensivel para mim, que ia morrendo congelada.
- Fui habituada a nao atravessar a rua, se o sinal estiver vermelho, porque aqui apanha-se uma rica multa (100 euritos...). Quando la chegamos, ainda estavamos nessa onda, mas rapidamente nos adaptamos. Ali é tipo Portugal, atravessa-se a rua e pronto.
- Como é obvio, a conduçao... para além de se conduzir do lado contrario, os semaforos mudam de vermelho para laranja e so depois para verde.
- As pessoas sao um espectaculo. Simpaticas até dizer chega... é que nao da para explicar, mas aquela gente, por todo o lado, era super simpatica... fiquei a adorar os escoceses...
- Nao se fuma em lado nenhum... a nao ser na rua... e ponto final!
Coisas a registar:
- por duas vezes me pediram o BI para entrar num local para maiores de 21... sem comentarios!
- bebemos um Hot Toddy no primeiro pub que entramos e o unico que apreciou mesmo foi o Mario...
- provamos o famoso Big British Breakfast (obviamente a hora de almoço, que mais cedo nao conseguiria engolir...)
- perdi um pound no casino e recusei-me a jogar mais!
Visitamos a National Galery of Scotland e o National War Museum (que se situava dentro do magnifico castelo de Edinburgh).
Numa noite resolvemos fazer a Graveyard Tour Edinburgh. Scary enough, ou nao. O ponto de encontro era na Royal Mile, perto da catedral, as 20.30h. Nao fosse o frio e teria sabido ainda melhor aquele banho de cultura. O guia contou parte da historia mais negra de Edinburgh, até que finalmente entramos no cemitério. Fiquei ligeiramente desiludida por nao sair de la com arranhoes ou nodoas negras (provocadas pelo poltergeist do Mackenzie) mas foi uma experiencia diferente, foi sim...
Havia tanto para contar mas a verdade é que teria que vos maçar muito mais... E o Mario, no seu blog, tem mais paciencia para detalhar tudo...
Algumas fotos :)
Montra Louis Vitton
Mojito time no Tiger Lilly, bar mais bem frequentado e cosmopolita onde ja sentei o cu!
O Big British Breakfast - dou a mao a palmatoria, era bom!
Nao sei bem se era homem, mulher ou coador...
Todos os bancos do jardim tinham inscriçoes do género "em memoria de...", algumas delas datam ja de 1700 e 1800. Emocionou-me...
Num dos varios "Close's" espalhados pela cidade...
Com um dos senhores de saias :)
Os taxi's sao magnificos!
Autocarros como os do quadro da minha sala ha aos magotes...
Scotland!
Fez ontem um ano que nos conhecemos... e foi ontem que obtivemos a certeza, a resposta, daquilo que tanto ansiavamos...
Nas proximas semanas temos muito trabalho pela frente, mas nao faz mal, porque a chave da felicidade ja nos a temos.
Eu queria escrever muito. Expor toda a magoa que sinto, a desilusao que carrego, e que so tem tendencia a acumular. Eu queria colocar em palavras o que senti, o que sinto, o que nao quero sentir mais, mas nao consigo... Eu queria perceber muita coisa, muita gente, mas as coisas nao sao assim. Se disser que as lagrimas quase brotam mas nao chegam a rolar, é porque a felicidade ainda vive em mim, apesar de tanta desilusao.
Eu queria escrever muito. Ou talvez pouco, mas desabafar o que sinto, so que nao da... é tudo tao repetitivo... o defeito é meu, o problema é meu, por acreditar que as pessoas nao sao so pessoas, sao humanos. O defeito é meu por ter a mania de ajudar este mundo e o outro para depois perceber e me arrepender... e mesmo assim nao aprender...
Se eu disser que as lagrimas quase brotam... mas nao chegam a rolar... porque no fundo sei que nao vale a pena, que as pessoas que nao sao seres-humanos, nao merecem uma lagrima minha...
Se eu disser que queria mudar, ser mais fria, nao me preocupar com quem nao merece... Se eu disser que apesar de tanta desilusao, nao estou depressiva, apenas triste... se eu disser isso e mais, ninguém se acreditara... porque o meu olhar nao engana, o meu sorriso nao esconde e o meu ser nao mente...
Eu queria escrever muito... ou até dizer a quem me foi desiludindo que sou mais e maior... mas nao é preciso... sou humana, e isso hoje em dia, ja é uma grande qualidade...
Assim como nao consigo expressar por palavras a felicidade que sinto quando ele me abraça; ou quando um dos meus sorri, também nao consigo explicar a minha decepçao com certas pessoas... mas ela esta aqui. E mata um pouco do meu ser, porque quem é humano, tem sentimentos, tem coraçao, e sente o peito rasgar de tristeza quando percebe que deu tanto de si a pessoas que nao mereciam.
Hoje tive mais uma desilusao.
Os humanos sao pessoas, mas nem todas as pessoas sao humanas.
Felizmente tenho os meus, e o meu, e eles fazem-me acreditar que eu nao errei em ser boa, errei sim em ser muito boa.
Vou dormir, e acreditar que por este mundo fora existem pessoas a direita, verdadeiras e humanas. Cujo unico interesse é serem felizes sem calcar ninguém.
Eu queria escrever muito, e escrevi, mas nao disse nada do que tinha para dizer.
Vou dormir e acreditar. Outro defeito, acreditar sempre...
Um sorriso perdido no meio da multidão. Não sei quem se cruza comigo, não conheço, mas por vezes gostaria de conhecer…
O velhinho que toca, o rapaz que lança bolas de fogo, as tias atarefadas no entra e sai das compras diárias.
Eu passeio-me pela baixa, olho, aprecio, observo. Incrível como em certos dias conseguimos ver a beleza no seu mais estado mais bruto. As pessoas passam por mim e olham-me, também me observam… Hoje devo trazer aquele brilho no olhar. O brilho que nos faz ver tudo de maneira diferente, mais harmoniosa, mais bela… o brilho que faz os outros olharem para nós e verem uma beleza não lapidada… a beleza que vai além das roupas e cabelos, maquilhagens e acessorios… uma beleza vinda do regozijo com que estamos a viver o momento… momento esse tão banal, mas que hoje faz toda a diferença…
Hoje nao esta aquele calor exagerado. Corre até uma leve brisa, que enquanto a caminho do escritorio, me arrepiou os braços.
No entanto, é sexta-feira, e por isso ha que sorrir. Tudo corre bem e a vida sorri...
Sooooooooooo... what the fuck? Bora la sorrir, porque a vida é para viver! :)
Ela nao buscava nada… vivia acomodada ao que a vida lhe oferecia. Tinha amigos e familia. Para si bastava.
Texto ficticio escrito por mim para a fabrica de historias.
PS - e para ti...