(...)
Sentia o seu perfume por todo lado... nesse dia , a sua memoria estava mais presente que nunca. Por varias vezes quase derramou uma lagrima. Saiu rapidamente para apanhar ar... aquela ausencia ja tao prolongada, matava o seu ser, dia apos dia... e quanto a isso, nao ha nada a fazer...
Olhou-a com carinho e recordou as tranças que lhe traziam a memoria tempos passados. Afagou-lhe o cabelo e sorriu-lhe... Tao branquinho agora...
Agarrou-lhe a mao enrugada e apertou-a com alguma força...
Ela suspirou e desenhou um sorriso nos labios.
Ele deixou cair uma lagrima isolada.
Nao seria a morte que os separaria...
Juraram amor eterno, amaram até mais nao... até ao dia em que ele entrou no comboio da vida, e ela ficou, sem tempo para se despedir, sem sequer acenar, sem sequer poder respirar... restando-lhe apenas os trilhos e o barulho latente do comboio que partia, aturdindo a sua mente...
Doeu...