(...)
Começou a correr um vento suave, que sabia bem, com o brasão que se fazia sentir. Já sentia a areia a esfriar, até que a senti mesmo molhada. Aproximei-me da água e molhei os pés. A água estava boa. Fiquei ali parada a olhar para o horizonte. Era lindo! Lembrei-me da última vez que ali estive e sorri. A vida pode dar muitas voltas, mas as nossas memórias são algo só nosso, que ninguém nos pode tirar. Podem tirar-nos um amor, podem tirar-nos uma posição, podem impedir-nos de alcançar algo na vida, mas tirar-nos as recordações ninguém pode. É algo que está dentro de nós, do nosso coração, e que conosco fica enquanto o quisermos. Sentei-me. Queria inspirar aquele cheirinho a mar. (...)